8 brasileiras integram Índice Dow Jones de Sustentabilidade

Oito empresas brasileiras integram a nova composição do Índice Dow Jones deSustentabilidade (DJSI), que começa a valer no próximo dia 23. Nesta edição, o índice tem 333 empresas de 59 setores da indústria de 25 países.

O grupo seleto do Brasil é formado pelo Bradesco,CemigEmbraerItaú Unibanco, ItaúsaPetrobras,Banco do Brasil e a estreante Fibria.

Para serem incluídas, elas passam por rigoroso processo seletivo, que analisa dados econômicos, desempenho ambiental e social, governança corporativa, gestão de risco, mitigação da mudança climática e práticas trabalhistas.

A seleção é conduzida pela RobecoSAM AG, empresa especializada em gestão de ativos e na oferta de produtos e serviços no campo de investimentos sustentáveis, e todo o processo conta com auditoria da Deloitte. Como todos os anos, foram anunciados, também, as empresas líderes em sustentabilidade nos 24 supersetores (Veja a “ecoelite” da Dow Jones).

Lançado em 1999 como primeiro índice global de ações composto por companhias consideradas social e ambientalmente responsáveis, o DJSI tem o objetivo de orientar a alocação de recursos pelos gestores globais, estimulando a responsabilidade ética corporativa e o desenvolvimento sustentável.

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Brasil já é o terceiro país com maior publicação de relatórios de sustentabilidade

Estudos mostram que o Brasil está na 3ª posição em número de empresas que publicam relatórios de sustentabilidade, atrás somente da Espanha e dos Estados Unidos. O modelo usado para reportar os esforços e conquistas das empresas é o Global Reporting Initiative (GRI), iniciativa global que criou e mantém o modelo mais aceito e usado de relatórios socioambientais.

No cenário mundial, um estudo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e do Boston Consulting Group, de fevereiro de 2013, mostra que mais de um terço das 2.600 empresas pesquisadas reportam lucro com seus esforços de sustentabilidade, aumento de 23% em relação ao ano anterior. Além disso, 48% mudaram seus modelos de negócio em função do tema sustentabilidade. É o caso da empresa de cosméticos The Body Shop que inovou ao deixar de fazer testes em animais no processo de produção de cremes e xampus e, com isso, mostrou ser possível fazer negócio de maneira sustentável.

Com a realização da Rio-92 no Brasil, o país entrou na rota do debate em torno da sustentabilidade. Como consequência, em 1997, o World Business Council for Social Responsibility instalou uma sede no Brasil: o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds), com o objetivo de disseminar o conceito para os empresários. Já em 1998 foi criado o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, que hoje já tem mais de mil associados envolvidos com o tema.

O cenário que se vê hoje no Brasil é bastante otimista. O banco de dados do GRI mostra que 96 companhias brasileiras fizeram relatórios de sustentabilidade no ano passado. Dessa forma, compartilharam com a sociedade os avanços, iniciativas e também os obstáculos a serem superados para que o negócio tenha a marca da preocupação com o social, o econômico, o ambiente e a cultura. Para Marina Grossi, presidente do Cebds, a divulgação de informações extrafinanceiras vem evoluindo voluntariamente há mais de 15 anos. “Questões como materialidade e impactos da cadeia de suprimentos estão se tornando novos paradigmas da transparência empresarial”, afirma.

Grossi reforça que as empresas passaram a ser consideradas agentes estratégicos nesse processo de transição. “Há vários bons exemplos isolados a apresentar, mas precisamos dar escala e velocidade a essas boas práticas, bem como alavancar políticas públicas de governo, pois, sem elas, não haverá transformação”, conclui.

Um desses exemplos é a mineradora Vale, que vem aumentando o nível de transparência desde 2008, quando divulgou suas ações socioeconômicas e ambientais em seu primeiro relatório, referente a 2007. Em seu terceiro relatório, a empresa passou a seguir as diretrizes da metodologia GRI, conquistando a posição A+, que indica o mais alto nível de transparência. Atualmente a empresa faz parte do grupo de empresas líderes em sustentabilidade sob a Plataforma Global Compact Lead criada pela ONU em 2010 e está listada no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bovespa desde 2011.

Visão Brasil 2050

Segundo especialistas, ao longo dos últimos 20 anos o tema cresceu. O setor empresarial evoluiu e entendeu que o desenvolvimento sustentável é o único caminho possível para a sobrevivência dos negócios no futuro.

Cerca de 500 pessoas de 70 empresas se uniram em 2011 para elaborar o documento Visão Brasil 2050, lançado na Rio+20. O estudo apresenta uma visão de futuro sustentável e o caminho para alcançá-lo. Segundo Marina Grossi, do Cebds, as empresas já têm tecnologia e conhecimento para resolver vários desafios urgentes, como reduzir as emissões dos Gases de Efeito Estufa, erradicar a fome e fornecer água limpa nos locais mais remotos.

 

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Brasil: um passo a frente na sustentabilidade?

Uma pesquisa global da cone communications, que leva em conta dados do Brasil, mostra que nossos consumidores são os que mais acreditam que suas ações de compra de produtos e serviços podem ter um impacto positivo de monta, quando escolhem [e pagam] por ofertas de empresas que têm um grau de responsabilidade social [e ambiental] maior do que outras. Seria um caso de otimismo à brasileira?

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Ou poder do consumidor local? Ou pura e simples ingenuidade? A pesquisa tem e mostra mais, incluindo o comportamento social dos consumidores. Como o Brasil é um dos países mais ligados em redes sociais e onde se tem conexões e uso maior do que a média global, será que redes sociais podem ter algum impacto nisso?… à primeira vista, não. olhe a imagem abaixo…

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…e veja que os canais móvel e social cresceram muito em importância [33 e 30%] na divulgação das ações sociais e ambientais associadas a produtos, mas ainda têm uma participação muito pequena no todo, onde o produto, em si, reina absoluto. a importância relativa da mídia clássica e propaganda está diminuindo, mas ainda é bem maior do que as redes sociais e mobilidade. daqui a 2 anos saem novos dados da cone… faça suas apostas.

o gráfico abaixo mostra como os consumidores usam redes sociais para tratar da relação entre suas preocupações socioambientais, empresas, produtos, serviços e marcas. ao contrário do que muitas empresas temem e certos experts propagam, as pessoas estão bem mais dispostas a falar bem de você e seu produto, em rede [e quando você merece, claro] do que a falar mal, mesmo quando você merece. e o segundo maior uso das redes sociais é para entender e aprender sobre empresas, seus produtos e vantagens e problemas de sustentabilidade deles, o que deveria ser um alerta para quem está tentando transformar [ou usar] as plataformas de redes sociais apenas como mais um “canal de comunicação”.

redes não são canais, são ambientes, contextos, cenários, tudo o que você quiser, menos canais. e as pessoas, lá, não são audiência, mas comunidade. pense nisso quando se dirigir a elas, em rede. segundo a pesquisa da cone, 85% povo que está em rede, no brasil, usa redes sociais para se engajar, de alguma forma, no esforço de sustentabilidade das empresas [o dobro do engajamento na inglaterra…].

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o brasil tem a maior porcentagem de pessoas que apontam para a necessidade de mudança nas práticas de sustentabilidade das empresas: somos 50%, contra 31% no mundo. aqui, 52% já pesquisou sobre práticas de negócio ou sustentabilidade das empresas [contra 34%, globalmente] e 38% já se dirigiram às empresas para dar sua opinião sobre esforços de sustentabilidade [32%, mundo]. a pesquisa da cone leva à conclusão de que os brasileiros estão muito envolvidos no problema da sustentabilidade e que negócios, produtos, serviços e marcas, aqui, deveriam estar muito ligadas neste comportamento, quer digital/social ou lá fora, na rua, onde o bolso parece começar a decidir a favor de quem olha também ao redor e não só para custo, preço, lucro e tchau.

influenciar no comportamento das empresas, exigindo mais sustentabilidade de suas ações, parece ser bem mais do que otimismo ou ingenuidade, por aqui. não é necessariamente poder, ainda, mas pode não demorar muito a ser. e muito.

 

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Contra o tráfico de animais

A OpusMúltipla criou uma ação surpreendente para a MaterNatura que toca no problema do tráfico de animais silvestres e levanta a importância da denúncia para combater esse crime.

O objetivo era fazer com que as pessoas se sentissem presas em pequenas gaiolas, sempre observadas por grandes olhos. Confira:

Metade dos brasileiros não se preocupa com desperdício de água

Uma pesquisa realizada pela ONG internacional WWF cujos resultados foram divulgados nesta terça-feira apontou que 48% dos brasileiros reconhece que consome água sem se preocupar com o desperdício e 30% afirma demorar mais de 10 minutos no banho.

Além disso, 45% admite que não adota nenhuma medida que possa reduzir o consumo de água, como a de fechar a torneira enquanto escova os dentes. Diante desse consumo sem controle, 80% dos brasileiros reconhece que poderá ter problemas de fornecimento de água no futuro, e 68% admite que o desperdício será a principal causa do problema.

Segundo a pesquisa, que a WWF encomendou ao Ibope e que em novembro do ano passado ouviu 2.002 pessoas em 26 Estados, o brasileiro não só admite que desperdiça água mesmo estando consciente que têm que economizar, mas também não coloca em prática medidas que conhece e que ajudariam a reduzir o consumo.

O mais grave é que uma pesquisa parecida realizada há cinco anos mostrou que a preocupação era maior naquela época. Em 2006, apenas 37% disse consumir água sem se preocupar com o desperdício e 18% admitiu demorar mais de dez minutos no banho. Segundo o coordenador do Programa Água para a Vida do WWF-Brasil, Glauco Kimura de Freitas, uma pessoa gasta 100 l de água em um banho de 10 minutos.

Embora a agricultura consuma 70% da água usada no País, o 81% dos entrevistados considera que os maiores consumidores são a indústria e as residências. A pesquisa mostrou, além disso, que 67% das residências brasileiras enfrenta algum tipo de problema por falta de água e que o recurso já é pouco em 29% dos domicílios da região Nordeste.

Segundo dados da ONG, o consumo médio de água do brasileiro é de 185 l diários por habitante, abaixo do europeu (200 l), mas muito superior ao de regiões em que o recurso é pouco, como o próprio Nordeste (100 l) e África Subsaariana (menos de 50 l).

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A polêmica Usina de Belo Monte

A criação ou não da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, está dando o que falar. O assunto veio à tona depois que muitos atores globais gravaram um vídeo chamado “Movimento Gota D’água”, com o objetivo de alertar a todos sobre os possíveis riscos da construção do projeto.

O vídeo é este:

O protesto chamou atenção por diversos motivos. Primeiro pela iniciativa, depois por ter a participação, a produção e direção de um grupo só com artistas renomados. Não deu outra, o conteúdo viralizou por todas as mídias sociais. O protesto teve um impacto impressionante, sendo que o número de assinaturas no site que apoiam a causa já passam de 1 milhão.

Porém surgiram conteúdos contrários. Na mesma semana, um grupo de alunos de Engenharia Civil, da Unicamp, seguindo o mesmo estilo, criou um vídeo chamado Tempestade em Copo D’água em reposta ao protesto, olha só:

Não há duvidas que o assunto é polêmico. Depois desse vídeo, algumas pessoas que eram contra a implantação do projeto foram convencidas pelos estudantes da Unicamp. É legal ser flexível, porém antes de opinarmos é preciso, pesquisar, debater e balancear os benefícios e os danos, independente da causa. Dessa forma, uma opinião contrária é bem vinda.

A própria Maitê Proença aconselha a pesquisar sobre o assunto. Por isso peguei alguns dados de conteúdo, postados na web, sobre os contras e prós da Usina de Belo Monte para discutir esse projeto que pode ou não ser relevante para o nosso país. Confira os trechos:

Instituto socioambiental – A polêmica da Usina de Belo Monte

Xingu Vivo – Declaração da Aliança do Xingu contra Belo Monte


IG – Ibama autoriza instalação da usina de Belo Monte


Revista Época – Belo Monte, nosso dinheiro e o bigode do Sarney


Blog Belo Monte – Usina Belo Monte

Álvaro Augusto (professor do curso de Engenharia Elétrica da UTFPR) – Belo Monte e outras questões complicadas


Alguns números sobre a Belo Monte (no final do vídeo, o autor fornece todas as fontes utilizadas)

Há diferentes opiniões e, sem dúvida, todo esse movimento é uma evolução na ampliação do debate sobre questões energéticas no país – usando as redes sociais como ferramentas. É certo, também, investir em redução de energia, ensinar a todos a não esbanjar recursos naturais sem responsabilidade. Mas essas informações contrárias são válidas para termos embasamento suficiente e tomar uma posição sobre o projeto. Dessa forma, não somos manipulados facilmente por informações prontas que chegam em nossas timelines.