‘Plano Amazônia’ será lançado em setembro

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, apresentou novos projetos que o ministério pretende executar ainda este ano, entre eles o Plano Amazônia, que visa o desenvolvimento sustentável da região Amazônica. Raupp participou da conferência “Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação: Trajetória recente e novos desafios” durante a 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

“O plano vai ser lançado em setembro deste ano, e pretendemos propagar o desenvolvimento da região especialmente por meio da utilização de seus recursos naturais e para isso contaremos com a participação das instituições de C&T e do governo dos estados da região na elaboração e execução do plano”, explicou o ministro.

Inova empresa

Raupp destacou ainda as ações do ministério para qualificar o campo de C,T&I, pois, segundo ele, a ciência, tecnologia e inovação está como eixo fundamental para melhoria da economia nacional, e para que este progresso seja contínuo, o governo criou o Plano Inova Empresa, para fortalecer as relações entre as empresas e as Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs), e entre o setor público.

“Para que o Brasil continue com o crescimento econômico precisamos de uma maior participação das empresas privadas, pegando exemplo dos países de primeiro mundo, onde as empresas também fazem pesquisas, o governo criou o plano Inova Empresa, para justamente criar esse vínculo e dessa forma, elevar a produtividade e a competitividade da economia brasileira, investindo em inovação”, disse.

O ministro enfatizou também a importância da atuação dos institutos de pesquisas na interação da pesquisa com o mercado consumidor. “Nos institutos nacionais de pesquisas, além de fazerem descobertas científicas, e produzir recursos humanos eles também têm esse contato bem próximo com as empresas para implementar a inovação no mercado consumido, o que é fundamental para o desenvolvimento econômico”, finalizou.

Amazônia na SBPC

O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) está em Recife e realiza a partir desta segunda-feira palestras sobre educação ambiental, tecnologias sociais, saúde para o interior do Amazonas, geração de ciência e tecnologias na Amazônia, formação de pessoal especializado e criação de peixes em canais de igarapés na Amazônia

 

via: UOL

Usina solar: uma opção renovável e limpa para o planeta

Com 87% de sua matriz energética vindo de hidroelétricas, o Brasil está prestes a enfrentar um colapso. Com a falta de investimento no setor, e a dependência de chuvas para reabastecer os reservatórios no Sudeste, o Brasil enfrenta uma crise energética. Além disso, apesar de ser uma fonte de energia renovável e não emitir poluentes, a energia hidrelétrica não está isenta de impactos ambientais e sociais, já que causa alagamento, destruição de extensas áreas de vegetação natural e prejuízos à fauna e à flora.

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Uma alternativa a esta crise é a utilização da usina solar, que capta a energia luminosa e a energia térmica provenientes do Sol e as transforma em energia elétrica ou térmica. Na busca por alternativas menos agressivas ao meio ambiente, esta é uma ótima opção, já que consiste em uma fonte energética renovável e limpa (não emite poluente).

A energia solar costuma ser utilizada em locais secos e ensolarados. Um bom exemplo é Israel, onde aproximadamente 70% das residências possuem coletores solares. Os Estados Unidos, Alemanha, Japão e Indonésia, também estão à frente na utilização dessa fonte. No Brasil, a utilização de energia solar está aumentando de forma significativa, principalmente o coletor solar destinado para aquecimento de água.

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Essa fonte de energia ainda não é tão utilizada no país pelo alto custo de sua implementação, porém, estudos do Ministério de Minas e Energia (MME), apontam que esse valor deverá cair até 45% até 2018. Essa redução visa a participação competitiva da energia solar em leilões de eletricidade dentro de alguns anos.

Com a redução nos custos, a utilização desse tipo de energia será mais viável, já que os painéis solares estão a cada dia mais potentes, ao mesmo tempo em que seu custo vem decaindo. Além disso, depois de instaladas, as centrais necessitam de manutenção mínima. A energia solar, ainda é excelente em lugares remotos ou de difícil acesso, não necessitando de enormes investimentos em linhas de transmissão.

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Em países tropicais, como o Brasil, a utilização da energia solar é viável em praticamente todo o território, e, em locais longe dos centros de produção energética, sua utilização ajuda a diminuir a demanda energética nestes e consequentemente a perda de energia que ocorreria na transmissão.

Brasil já é o terceiro país com maior publicação de relatórios de sustentabilidade

Estudos mostram que o Brasil está na 3ª posição em número de empresas que publicam relatórios de sustentabilidade, atrás somente da Espanha e dos Estados Unidos. O modelo usado para reportar os esforços e conquistas das empresas é o Global Reporting Initiative (GRI), iniciativa global que criou e mantém o modelo mais aceito e usado de relatórios socioambientais.

No cenário mundial, um estudo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e do Boston Consulting Group, de fevereiro de 2013, mostra que mais de um terço das 2.600 empresas pesquisadas reportam lucro com seus esforços de sustentabilidade, aumento de 23% em relação ao ano anterior. Além disso, 48% mudaram seus modelos de negócio em função do tema sustentabilidade. É o caso da empresa de cosméticos The Body Shop que inovou ao deixar de fazer testes em animais no processo de produção de cremes e xampus e, com isso, mostrou ser possível fazer negócio de maneira sustentável.

Com a realização da Rio-92 no Brasil, o país entrou na rota do debate em torno da sustentabilidade. Como consequência, em 1997, o World Business Council for Social Responsibility instalou uma sede no Brasil: o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds), com o objetivo de disseminar o conceito para os empresários. Já em 1998 foi criado o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, que hoje já tem mais de mil associados envolvidos com o tema.

O cenário que se vê hoje no Brasil é bastante otimista. O banco de dados do GRI mostra que 96 companhias brasileiras fizeram relatórios de sustentabilidade no ano passado. Dessa forma, compartilharam com a sociedade os avanços, iniciativas e também os obstáculos a serem superados para que o negócio tenha a marca da preocupação com o social, o econômico, o ambiente e a cultura. Para Marina Grossi, presidente do Cebds, a divulgação de informações extrafinanceiras vem evoluindo voluntariamente há mais de 15 anos. “Questões como materialidade e impactos da cadeia de suprimentos estão se tornando novos paradigmas da transparência empresarial”, afirma.

Grossi reforça que as empresas passaram a ser consideradas agentes estratégicos nesse processo de transição. “Há vários bons exemplos isolados a apresentar, mas precisamos dar escala e velocidade a essas boas práticas, bem como alavancar políticas públicas de governo, pois, sem elas, não haverá transformação”, conclui.

Um desses exemplos é a mineradora Vale, que vem aumentando o nível de transparência desde 2008, quando divulgou suas ações socioeconômicas e ambientais em seu primeiro relatório, referente a 2007. Em seu terceiro relatório, a empresa passou a seguir as diretrizes da metodologia GRI, conquistando a posição A+, que indica o mais alto nível de transparência. Atualmente a empresa faz parte do grupo de empresas líderes em sustentabilidade sob a Plataforma Global Compact Lead criada pela ONU em 2010 e está listada no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bovespa desde 2011.

Visão Brasil 2050

Segundo especialistas, ao longo dos últimos 20 anos o tema cresceu. O setor empresarial evoluiu e entendeu que o desenvolvimento sustentável é o único caminho possível para a sobrevivência dos negócios no futuro.

Cerca de 500 pessoas de 70 empresas se uniram em 2011 para elaborar o documento Visão Brasil 2050, lançado na Rio+20. O estudo apresenta uma visão de futuro sustentável e o caminho para alcançá-lo. Segundo Marina Grossi, do Cebds, as empresas já têm tecnologia e conhecimento para resolver vários desafios urgentes, como reduzir as emissões dos Gases de Efeito Estufa, erradicar a fome e fornecer água limpa nos locais mais remotos.

 

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Você realmente sabe como funciona a reciclagem?

Muito se fala em reciclagem, em separar o lixo e reaproveitar objetos. Mas você realmente sabe como acontece a reciclagem de casa objeto? No que ele pode se transformar e quanto tempo ele demora para se decompor caso fique na natureza?

A reciclagem de embalagens é uma atividade industrial que consiste em processar uma matéria-prima transformando-a em outra matéria-prima com maior valor agregado que posteriormente é usada como novo produto. Essa atividade está diretamente ligada a fatores sociais, econômicos e ambientais.

Conheça os mecanismos de reciclagem de alguns tipos de embalagens:

Embalagens plásticas rígidas: são convertidas em grânulos pela trituração, e reaproveitados na forma de placas de sinalização, tubulações de esgoto, fios de eletricidade, etc.

Embalagens de metal: podem ser facilmente recicladas, é só enviá-las aos pontos de coleta. Essas embalagens passam por uma prensagem e adquirem a forma de sucata metálica e em seguida são encaminhadas para as siderúrgicas. Ela pode ser utilizada para fabricar tarugos de aço que são empregados em construções civis.

No Brasil existem muitas siderúrgicas que compram a sucata mista metálica.

Embalagens de vidro: precisam receber uma lavagem adequada e em seguida passar por um processo de trituração. Nas unidades recicladoras as embalagens são separadas por cor (âmbar, verde e branco) e depois são aquecidas e fundidas a uma temperatura acima de 1300 °C. Após esse processo podem ser utilizadas novamente.

A importância da reciclagem é um assunto que deve ser discutido por todos, pois o lixo não pode se acumular no ambiente ao ponto de não ter espaço suficiente para comportá-lo, como acontece em países que não tem planejamento.

Confira o tempo de absorção de alguns materiais pela natureza:

Jornais: ……………………………………………….2 a 6 semanas;

Embalagem de papel:…………………………….1 a 4 meses;

Pontas de cigarro:………………………………….2 anos;

Chicletes:……………………………………………..5 anos;

Nylon:………………………………………………….30 a 40 anos;

Latas de alumínio:………………………………….100 a 500 anos;

Pilhas:…………………………………………………..100 a 500 anos;

Sacos e copos de plástico: ………………………200 a 450 anos;

Garrafas e frascos de vidro:……………………..tempo indeterminado.

Quer fazer sua parte? Então comece separando o seu lixo!

Primeiramente é importante separar os resíduos secos (ou sólidos) dos úmidos e do sanitário:
– secos – materiais que podem ser reciclados – embalagens, pilhas e baterias, pneus, papéis, etc;
– úmidos – restos de comida, plantas, poeira;
– sanitários – lixo do banheiro – papel higiênico usado, absorventes, cotonetes, seringas, fraldas descartáveis, etc

Depois da seleção, cuide dos resíduos secos:
– Limpe os materiais recicláveis;
– Amasse as embalagens para diminuir o seu volume;
– Separe em sacos os vidros, plásticos, papéis e metais, que são os mais comuns;
– Baterias e lâmpadas podem ser perigosos e contaminantes. Informe-se sobre postos de coleta específicos para esses materiais.

Mesmo que sua cidade não possua coleta seletiva, você estará contribuindo com o trabalho de catadores de papel! Sempre haverá um benefício!

 

Vamos começar?

 

*Com informações de: Brasil Escola

Brasil: um passo a frente na sustentabilidade?

Uma pesquisa global da cone communications, que leva em conta dados do Brasil, mostra que nossos consumidores são os que mais acreditam que suas ações de compra de produtos e serviços podem ter um impacto positivo de monta, quando escolhem [e pagam] por ofertas de empresas que têm um grau de responsabilidade social [e ambiental] maior do que outras. Seria um caso de otimismo à brasileira?

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Ou poder do consumidor local? Ou pura e simples ingenuidade? A pesquisa tem e mostra mais, incluindo o comportamento social dos consumidores. Como o Brasil é um dos países mais ligados em redes sociais e onde se tem conexões e uso maior do que a média global, será que redes sociais podem ter algum impacto nisso?… à primeira vista, não. olhe a imagem abaixo…

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…e veja que os canais móvel e social cresceram muito em importância [33 e 30%] na divulgação das ações sociais e ambientais associadas a produtos, mas ainda têm uma participação muito pequena no todo, onde o produto, em si, reina absoluto. a importância relativa da mídia clássica e propaganda está diminuindo, mas ainda é bem maior do que as redes sociais e mobilidade. daqui a 2 anos saem novos dados da cone… faça suas apostas.

o gráfico abaixo mostra como os consumidores usam redes sociais para tratar da relação entre suas preocupações socioambientais, empresas, produtos, serviços e marcas. ao contrário do que muitas empresas temem e certos experts propagam, as pessoas estão bem mais dispostas a falar bem de você e seu produto, em rede [e quando você merece, claro] do que a falar mal, mesmo quando você merece. e o segundo maior uso das redes sociais é para entender e aprender sobre empresas, seus produtos e vantagens e problemas de sustentabilidade deles, o que deveria ser um alerta para quem está tentando transformar [ou usar] as plataformas de redes sociais apenas como mais um “canal de comunicação”.

redes não são canais, são ambientes, contextos, cenários, tudo o que você quiser, menos canais. e as pessoas, lá, não são audiência, mas comunidade. pense nisso quando se dirigir a elas, em rede. segundo a pesquisa da cone, 85% povo que está em rede, no brasil, usa redes sociais para se engajar, de alguma forma, no esforço de sustentabilidade das empresas [o dobro do engajamento na inglaterra…].

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o brasil tem a maior porcentagem de pessoas que apontam para a necessidade de mudança nas práticas de sustentabilidade das empresas: somos 50%, contra 31% no mundo. aqui, 52% já pesquisou sobre práticas de negócio ou sustentabilidade das empresas [contra 34%, globalmente] e 38% já se dirigiram às empresas para dar sua opinião sobre esforços de sustentabilidade [32%, mundo]. a pesquisa da cone leva à conclusão de que os brasileiros estão muito envolvidos no problema da sustentabilidade e que negócios, produtos, serviços e marcas, aqui, deveriam estar muito ligadas neste comportamento, quer digital/social ou lá fora, na rua, onde o bolso parece começar a decidir a favor de quem olha também ao redor e não só para custo, preço, lucro e tchau.

influenciar no comportamento das empresas, exigindo mais sustentabilidade de suas ações, parece ser bem mais do que otimismo ou ingenuidade, por aqui. não é necessariamente poder, ainda, mas pode não demorar muito a ser. e muito.

 

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Greenpeace usa falso comercial para criticar Coca-Cola

No começo, parece um anúncio de refrigerante comum, com gente bonita e sorridente curtindo a bebida durante um dia ensolarado numa praia paradisíaca. Até que um, dois, três, quatro, um verdadeiro bando de pássaros despenca do céu. Todos mortos.

O vídeo feito por ambientalistas do Greenpeace Austrália imita um anúncio da Coca-Cola para responsabilizar as garrafas de plástico pela poluição dos mares, apontada pela ong como principal causa da morte de milhares de aves no país, que confundem detritos  plásticos com alimento.

De acordo com o Greenpeace, 65% das aves são afetadas por esse tipo de poluição. “Quando eles engolem, seus pequenos estômagos se tornam tão cheio que eles são incapazes de ingerir qualquer alimento e literalmente morrem de fome”, diz o grupo.

Em março deste ano, a Coca-Cola ganhou na Justiça o direito de impedir uma política de reembolso de 10 centavos para incentivar a reciclagem na região Norte do país. Esse incentivo teria contribuído para dobrar as taxas de reciclagem no território e operado com sucesso no Sul da Austrália durante mais de 30 anos, diz a ong.

Em sua defesa, a Coca-Cola argumenta na mídia local que o esquema foi um fracasso, com aumento de apenas 33% da taxa de reciclagem, e que o método de reembolso é o mais caro e ineficiente para tal finalidade.

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Desmatamento na Amazônia registra queda no 2º bimestre

O desmatamento da Amazônia Legal (área que engloba os estados que possuem vegetação amazônica – todos os da Região Norte, além de Mato Grosso e parte do Maranhão), teve queda de 40% em março e abril de 2013, em comparação com o mesmo bimestre do ano passado.

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (6) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de São José dos Campos (SP).

Eles incluem a degradação (desmatamento parcial) e o corte raso (desmatamento total) da floresta, registrados pelo sistema de detecção de desmatamento em tempo real do Inpe, o Deter, que usa imagens de satélite para analisar a perda da mata.

No segundo bimestre de 2013, a floresta perdeu uma área de 174,94 km², total equivalente a dez vezes o tamanho da Ilha de Fernando de Noronha, em Pernambuco. A maior parte do desmate foi registrada em abril, segundo os dados do Inpe.

Em março e abril de 2012, a perda de vegetação captada pelo instituto foi de 292,19 km². Na comparação com o desmatamento registrado nos mesmos meses de 2011, a queda foi mais acentuada: 70%.

De acordo com o Inpe, foi possível visualizar em março 44% da área da região amazônica e, em abril, 58%. Segundo o instituto, o restante ficou encoberto por nuvens, que impossibilitaram a detecção de desmates.

Mato Grosso é o estado que mais desmata

Segundo as informações do Inpe, Mato Grosso foi o estado que mais registrou áreas de floresta devastadas nos dois últimos meses. Os satélites detectaram um total de 83,57 km² de vegetação nativa derrubada em março e abril deste ano. No entanto, na comparação com o mesmo período de 2012, houve queda de 61%.

Rondônia ficou na segunda posição da lista dos estados que mais desmataram a floresta, seguido do Amazonas e Roraima.

Dados anuais

No fim de 2012, o Ministério do Meio Ambiente divulgou que a Amazônia Legal registrou o menor índice de desmatamento desde que foram iniciadas as medições, em 1988, pelo Inpe.

De acordo com dados do Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), que fornece taxas anuais de desmatamento, entre agosto de 2011 e julho de 2012 houve o desmatamento de 4.656 km² de floresta, área equivalente a mais de três vezes o tamanho da cidade São Paulo.

O índice foi 27% menor que o total registrado no período entre agosto de 2010 e julho de 2011 (6.418 km²). Foi a menor taxa desde que o instituto começou a fazer a medição, em 1988.

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22 sinais de que a Terra está em apuros

Para muitos, a mudança climáticapode parecer um problema distante, vago e complexo a ser resolvido pelas próximas gerações. Mas o ritmo das transformações pelas quais o mundo vem passando está se acelerando e seria um perigo ignorar isso. “São mudanças que deixam marcas reais e muitas vezes doloridas sobre as pessoas, os animais, os ecossistemas e os recursos naturais dos quais todos nós dependemos”, afirma a campanha mundial lançada neste 22 de abril em homenagem ao Dia da Terra. Conheça nos próximos slides alguns dos sinais de que o planeta está passando por maus bocados e de que a humanidade pode ser tão culpada quanto vítima dessa transição.

Está cada vez mais quente

O ano de 2012 foi o nono mais quente desde que os cientistas começaram a registrar a temperatura da Terra, em 1850, somando-se à série histórica de anos com temperaturas recordes – registradas entre 2001 e 2011.

A média da temperatura do ano passado foi de 14,6 graus, 0,8 grau a mais que em 1880, segundo análise da Nasa. Com o aumento das concentrações de gases efeito estufa a situação pode piorar.

Desertificação afeta 168 países

A transformação de áreas em desertos é um fenômeno que já afeta 168 país no mundo hoje, ante 110 nações duas décadas atrás. Só na África, a degradação da terra compromete entre 4% e 12% do PIB agrícola, segundo projeções da ONU. Nos EUA, a seca severa já custa 490 milhões de dólares ao ano e afeta uma área três vezes o tamanho da Suíça.

Zonas mortas

Atualmente, existem cerca de 500 zonas mortas no mundo, que cobrem mais de 245 mil quilômetros quadrados, quase a superfície inteira do Reino Unido. São zonas litorâneas onde a vida marinha foi praticamente sufocada pela poluição.

Emissões não param de subir

As emissões de gases de efeito estufa, vilões do aquecimento global, não param de crescer. Elas alcançaram novos níveis recordes em 2011, segundo a Organização Meteorológica Mundial. Para se ter uma ideia, as emissões de CO2 subiram 2,5 por cento em 2011, atingindo 34 bilhões de toneladas.

Já a sua concentração na atmosfera aumentou no 2,0 ppm (partes por milhão), depois de subir 2,3 ppm em 2010. O CO2 é responsável por 85% do aquecimento global registrado nos últimos 10 anos.

Energia de hoje é tão suja quanto há 20 anos

O desenvolvimento mundial das tecnologias de energia limpa continua bem abaixo do nível necessário para evitar os piores impactos das mudanças climáticas, advertiu a Agência Internacional de Energia (AIE), em seu relatório anual sobre o progresso de fontes limpas. Na prática, os investimentos bilionários já realizados em prol de tecnologias mais limpas está sendo anulado pelo crescimento do uso de fontes sujas. Para se ter uma ideia do descompasso, enquanto a geração de combustível não-fóssil cresceu cerca de um quarto entre 2000 e 2010, o aumento da geração a partir do carvão no mesmo período foi de 45%.

Ar irrespirável

A poluição do ar nas grandes cidades tem alcançado níveis nada seguros para a saúde humana. Por ano, em todo o mundo, mais de 3 milhões de pessoas morrem em decorrência da poluição atmosférica. Em muitos países não existe qualquer regulamentação da qualidade do ar e, quando elas existem, as normas nacionais e sua aplicação variam muito.

Rios de água suja

A cada 20 segundos, uma criança morre de doenças diarreicas, em grande parte evitáveis por meio de saneamento adequado, melhor higiene e acesso a água segura. Por ano, 1,5 milhão de crianças morrem do mesmo problema. Todos os anos, 3,5 milhões de pessoas morrem no mundo por problemas relacionados ao fornecimento inadequado da água, à falta de saneamento e à ausência de políticas de higiene, segundo a ONU.

Derretimento recorde afeta as geleiras…

Quatro trilhões de toneladas. Esse é o volume estimado de gelo que derreteu ao longo dos últimos 20 anos na Groelândia e na Antártica, segundo um estudo realizado por uma equipe internacional de pesquisadores apoiados pela NASA e pela Agência Espacial Europeia (ESA). O volume de gelo que virou água no período contribuiu para o aumento de 11 milímetros no nível do mar, uma forte evidência do aquecimento global. E vem mais por aí. Juntas, essas duas camadas estão perdendo até três vezes mais gelo por ano (equivalente a um aumento de 0,95 milímetros no nível do mar) do que na década de 1990 (com aumento de 0,27 milímetros). Cerca de dois terços da perda está vindo da Groenlândia, e o restante da Antártica.

…e o degelo está 10 vezes mais rápido

O degelo da Antártica durante o verão está acontecendo num ritmo 10 vezes mais rápido que há 600 anos, segundo um estudo internacional publicado na revista Nature Geoscience. Embora o aquecimento também tenha causas naturais e aconteça de forma regular há centenas de anos, o degelo se intensificou nos últimos 50 anos, a medida que aumentava a atividade industrial no mundo.

Em contrapartida, o mar sobe…

Um estudo recente relaciona a elevação do Pacífico às mudanças climáticas. As águas subiram cerca de 20 centímetros nos últimos 200 anos. Segundo os pesquisadores, os maiores picos na elevação do nível do mar aconteceram entre 1910 e 1990, o que pode estar vinculado a intensificação das atividades industriais.

O Atlântico também está subindo. De acordo com um estudo publicado pela revista Nature Climate Change, o nível do mar em uma faixa costeira atlântica nos Estados Unidos, incluindo as cidades de Nova York e Boston, aumenta até quatro vezes mais rapidamente do que a média mundial.

…e também “salga”

Uma pesquisa feita por cientistas australianos sugere que as mudanças climáticas podem estar afetando o ciclo hídrico da Terra. A suposição vem do fato de, nos últimos 50 anos, a concentração de sal nos corpos de água do planeta ter mudado de forma muito rápida. Enquanto algumas áreas, como a costa do Pacífico da América do Norte à Rússia, ficaram mais doces, outras estão mais salgadas, caso do Atlântico. A co-autora da pesquisa, Susan Wijffels, afirmou que os números são reveladores porque a salinidade era indicativa de mudanças no ciclo de chuva e evaporação.

Os corais pedem ajuda

A maior barreira de corais do planeta vive uma crise ambiental sem precedentes. Relatório recente mostra que a Grande Barreira de Corais Australiana já perdeu mais da metade de sua cobertura (50,7%) nos últimos 27 anos. E, se nada for feito na próxima década, podem restar apenas 5% da formação no ano de 2022. Não para aí. Segundo pesquisa global com mais de 700 espécies de corais, aproximadamente 33 % delas estão ameaçadas de extinção com o crescente aumento de temperatura do planeta

1 em cada 5 vertebrados corre risco

Uma pesquisa publicada na revista Science mostra que as populações de mamíferos, aves, anfíbios, répteis e espécies de peixes apresentou queda de 40% nos últimos 40 anos. De acordo com o relatório “A Perda das Espécies”, realizado em conjunto por mais de 100 zoólogos e botânicos de todo o mundo, a cada semana, uma nova espécie é adicionada à

lista de ameaçadas de extinção, risco que atinge um quinto dos vertebrados do mundo.

Múltiplos fatores têm contribuído para o desaparecimento de animais, entre eles a conversão de terra agrícola, exploração excessiva, crescimento populacional, a poluição e o impacto de espécies exóticas invasoras.

Espécies estão “perdendo o rumo”

A elevação das temperaturas tem causado o que os cientistas chamam de “estresse térmico” no mundo animal. Durante vinte anos, pesquisadores europeus vêm estudando o movimento de populações de aves e borboletas no continente frente às mudanças cada vez mais constantes no clima. O resultado preocupa: os animais simplesmente não conseguem migrar na velocidade necessária para habitats com condições propícias para alimentação e procriação e correm risco de desaparecer ao se concentrarem em regiões com clima mais hostil. Ou seja, as aves e borboletas europeias estão voando para longe de seus habitats mais adequados, sofrendo com o tal “estresse térmico”.

Eventos extremos – e caros

De acordo com um relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU), as catástrofes ambientais causaram um prejuízo recorde de 138 bilhões de dólares para a economia mundial em 2012. O furacão Sandy foi o mais caro, custando 50 bilhões para economia americana. Tufão Bopha nas Filipinas deixou 1901 mortos.

O uso desgovernado de pesticidas preocupa…

O mundo está vivendo um boom no uso de pesticidas na agricultura, que é liderado pelo Brasil. Por aqui, a aplicação de agrotóxicos nas culturas cresceu nada menos do que 190% entre 2009 e 2010, enquanto no resto do mundo o mercado se expandiu 93%. Na ponta do lápis, o país consome 19% de todos os pesticidas usados no mundo.

…assim como a poluição por nitrogênio

Desde 1990, a China tornou-se o maior consumidor de fertilizantes nitrogenados do mundo, que, apesar de ajudarem no crescimento rápido do cultivo, aumentando a oferta de alimentos, também poluem e deterioram o solo quando usados de forma indiscriminada. Um estudo publicado pela revista Nature indica que a poluição por nitrogênio aumentou 60% em 30 anos no país, uma ameaça para os ecossistemas e a saúde humana.

Mudanças radicais à mesa

Um estudo feito pelo Grupo Internacional de Consulta em Pesquisa Agrícola (CGIAR, na sigla em inglês) para as Nações Unidas sugere que o aquecimento global pode comprometer, até 2050, cerca de 20% da produção trigo, arroz e milho – as três commodities agrícolas mais importantes e que estão na base de metade das calorias consumidas por um ser humano.

É uma perda preocupante, contra a qual será preciso lutar, sob a dura pena de mergulhar bilhões de pessoas na fome – um mal que atinge um em cada sete habitantes do planeta.

Toneladas de alimentos vão pro lixo

Um estudo revela que entre 30 e 50% dos alimentos disponíveis no mundo não são consumidos, o que se traduz no desperdício de até 2 bilhões de toneladas de comida por ano. Segundo o relatório Global Food; Waste not, Want not,  o desperdício é fruto de condições inadequadas de armazenamento e transporte, adoção de prazos de validade curtos, ou compra excessiva por parte dos consumidores. Outro problema é a preferência dos supermercados por alimentos “perfeitos” em termos de formato, cor e tamanho.

Entulho pós-moderno só aumenta

O acesso fácil às tecnologias modernas tem um efeito colateral difícil de se digerir. Anualmente, segundo dados da ONU, o mundo gera em média 40 milhões de toneladas de lixoeletrônico por ano. A maior parte vem de países emergentes, como o Brasil, que ainda não possuem sistema de gestão eficiente para lidar com esse tipo de material. Artefatos eletroeletrônicos contêm materiais que demoram a se decompor – plástico, metal e vidro – e outros altamente prejudiciais à saúde, como mercúrio, chumbo, cádmio, manganês e níquel.

Vai faltar planeta

Já somos sete bilhões de pessoas no mundo, comendo, usando energia, poluindo e consumindo cada vez mais produtos em um planeta finito. A pressão sobre os recursos naturais só aumenta. Segundo o Global Footprint Network, uma organização de pesquisa que mede a pegada ecológica do homem no planeta, a diferença entre a capacidade de regeneração da natureza e o consumo humano gera um saldo ecológico negativo que vem se acumulando desde a década de 80, também estimulado pelo crescimento populacional

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Seis maneiras de diminuir o lixo produzido em casa

Pequenos cuidados reduzem a quantidade de materiais descartados.

Já tentou ficar um tempo sem colocar o lixo para a coleta para ver a quantidade de material acumulada? A situação fica ainda pior depois do fim de semana ou de uma festa. Pensando nisso, uma família americana já propôs até não produzir mais nenhum resíduo.
Que tal repensar o uso de embalagens e começar a desperdiçar menos? Veja abaixo dicas que podem ajudar:
1. Compre menos produtos. Pense bem se determinado produto é realmente necessário, e só depois compre.

2. Opte por produtos com menos embalagens no mercado.

3. Tente fazer produtos em casa. Fazer pães e bolos em casa, por exemplo, evita várias embalagens da panificadora.

4. Use suas próprias embalagens, como ecobags. Além disso, quando for comprar itens a granel em feiras, leve os potes que você vai usar para armazenar o produto em casa e evite o saquinho plástico. O mercado londrino Unpackaged, por exemplo, não tem nenhum tipo de embalagem para viagem: o consumidor deve trazer a sua.

5. Conserte os produtos que estragarem, como costuras em roupas ou reparos técnicos em aparelhos eletrônicos, antes de optar por comprar um novo.

6. Reutilize embalagens. Use as caixas de produtos para a organização da casa. Além disso, para famílias com crianças, é possível guardar várias embalagens para serem usadas em brincadeiras. Além de sustentável, incentiva a criatividade.

via Salve o Planeta

Uso de hashi pode recuar níveis ambientais da China

Lutar contra o desmatamento no planeta é uma tarefa com todo tipo de conseqüência. Uma das mais radicais, pelo menos a mais sentida pela população, é sempre aquela que muda hábitos que às vezes já duram anos.

Esse é o caso do que vem acontecendo na China. Uma declaração do presidente do Grupo de Indústria Florestal, Bai Guangxin, pediu para que os chineses parem de usar o hashi, os famosos palitinhos, feitos de madeira.

Não só na China como em diversos países asiáticos, o hashi é usado há milhares de anos, e mesmo com a modernidade é raro encontrar quem coma com talheres nesses países. O problema, segundo Guangxin, é que a China produz em torno de 80 bilhões de pares de hashi por ano, e eles são descartáveis.

Além da questão do volume de lixo que isso gera, ainda existe o fato de que cerca de 20 milhões de árvores são cortadas todos os anos para sustentar esse hábito.

Existe uma meta dada pelo presidente da China para que o país aumente a cobertura florestal em 40 milhões de hectares, até 2020, o que será impossível se o ritmo continuar assim.

 

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